sexta-feira, 25 de setembro de 2015

TOC TOC

Toc toc...
Um dragão bate na porta
Uma boca me traga a cada minuto
A sorte lançada no tambor
Traços perfeitos em meio ao tremor
Braços laçados por receio a dor
Arrota a morte, meu próprio luto

Feito Roleta russa
Diz: para?
faz-me tributo.
O coração bate no peito
Dizendo que estou vivo
é apenas mais um dia de luto

Em um único disparo
Deparo com meu filme,
Me deito em meu leito
mal me deleito no meu sono
e surge um nó, feito gravata
Um grito, uma âncea
ansiando o vômito

São tantas vozes que não ouço meu próprio grito
São tantos gritos que situa meu quesito
E me perco no esquisito
Tentando estar no que cito
Na normalidade anormal
Na formalidade em formol
Pra ver se dura mais... Tal cara de pau
Essa mentira que nos conforta
Toc toc, atenda a porta
Não diga não
Pois é apenas mais um dragão

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