Não
ligo se canto no canto mesmo santo, já lhe adianto q posso irritar
Eu
não gosto do que não gosto e às vezes aposto que posso gostar
Eu
vou sempre além do amém, da tal Jerusalém ao qual ainda não pude pisar
Eu
busco sempre um sorriso, bem-posto no rosto, mesmo indisposto vivo a me maquiar
Crio
sempre a loucura segura, que não segura a pura razão, de não querer me explicar
Vivo
sempre no meu mundo, um fundo, profundo e fecundo na arte de amar
Tento
ver amor em tudo, contudo, estudo a razão pra este tal viver
Não
acredito em par perfeito, entretanto me deleito no defeito de querer
Muita
gente, pra mim é terrível, por isso tento ser invisível e o inadmissível é
querer aparecer
Causo
guerra em minha paz, vou atrás de quem à traz, é o estandarte da arte deste meu
ser
E
minha mente no estado inconsciente, inconsequente não mente ao dizer :
ora
de hora em hora ela ora por você
ando
sempre na contramão, indiferente, consequente, carente, contente ou não
não
gosto de copiar, imitar não quero não,
faço
meu próprio caderno rascunho, na vida empunho minha própria conclusão
não
tenho opinião formada, mas na jornada pego a papelada e a estampo à mão
sou
diferente, e feliz por assim ser
estou
contente, e sei que fiz por merecer
mas
me sinto só...
é
que sim “tô” só, em meras conclusões
sim
deu nó, mas desfaço em nós, meras ilusões