Chama consuma meu viver
Arda lento rasgando
meu ser
Chama, chama-me em
seu calor
Arda o alento
estando em amor
Arda a cada momento,
se alastre ao vento no meu coração
Deixe a cicatriz
enfim
Rasgue o tempo e
consuma a alma em mim
Chama, chama-me em
sua ardência
Pois tenho carência
de corromper a inocência
Arda a cada momento,
se espalhe ao vento da intuição
Chama consuma o
corpo e mantenha a alma refém
Faça do coração uma
prisão no além da imaginação
E sem perder a noção
me deixe zen
Chama, chama-me a
sua mesa e faça-me a beleza de sua refeição
Arda a cada momento
se misture ao vento dando asas a minha paixão
Chama, chama pra
perto e deixe descoberto o que não se deve esconder
Arda o primeiro pra
segundo os outros não haver terceiros
Chama, chama-me por
certo que eu deixo aberto a porta de meu ser
Pule o primeiro,
segundo e terceiro e vamos pro quarto arder, como guerreiros
Chama, chama-me
Ama, ama-me
Faça do meu
"eu" um carvão, e acenda a chama
Comece do avesso,
pra chegar no começo e vê se inflama
Arda o sentimento
lançado ao vento dando ao inverno uma cor;
Cor de amor