sexta-feira, 20 de abril de 2012

O CONDENADO


No rosto o desgosto de ser feliz
No peito o deleito da saudade de quem deixei pra traz
A mente sente falta de quem o diz
O coração sente a emoção de ser quem quer paz
A mão não se controla mais e se estremece
A alma com calma grita e geme, geme e grita, então se emudece com as preces

O pé se cança de andar em circulo e volta de ré ao inicio
O pensamento por um momento navega, e não nega que se tornou vicio
O suor fica cada vez pior, e lava a cara de vergonha
A magoa água, e faz morada em meu peito feito o efeito de travesseiro em fronha

Amarrotados são os dias do poeta e suas poesias
Amassadas são as cartas do amante do amor
Na tela em branco a mancha negra esconde o nada em fantasia
E enterrado no quintal floral esta o diário sem cor

Codificado foi o pecado por não saber ler
Condenado foi o coração por ser roubado pela emoção de amar
Preso junto foi a felicidade, paz e sorriso, com a obrigação de nada querer
A realidade e que não encontro verdade em um estar
Transformo flocos em blocos de minha visão eterna
Prendo-me a cada nada que há em minha prisão, minha cela

Aqui jaz a carta de um mal amado, renegado,um condenado 
Em uma folha, um grafite um passado amassado 
Que no fundo do poço, sofre calado
Vendo o sol nascer quadrado 

RIO DE LAGRIMAS


Lagrimas...
 chuva dos olhos
quando sozinho rega as pupilas
com um olhar avermelhado choro...
e com a alma cheia de aflitos choro mais...
com frio choro mais e mais
mais o faço sem ninguém notar pois...
lagrimas é a chuva da alma
lava o corpo por dentro
trazendo calma
vem limpando o vazio
regando o rio de dentro para fora...
Mai s só com ela podemos ver o florescer da vida tão bela