quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

A DOR DE AMANHÃ

Este amor amador
Ama a dor e me mantém isento
Este colo é incolor
Que coloca no peito um tom de vento
Esta vontade de esquecer é alimento
Que me deixa leve, feito saco de cimento
Este esquecimento é aquecimento
Aqui cimenta seu amor
Que na dor é amador
Ama a dor e persegue meu momento
Que em calor pede colo
Calejado Por amor segue em lamento
Este amor é um trator
Trata à dor e se regozija do tratamento
Este braço é arrogante
Roga-se elegante, mais pra abraçar é muito lento
Este olhar é maquiavélico
Maquila o coração, não mostrando sentimento
Esta boca é muito louca
Aloca em mim, um desejo de viver este tormento
Desloca-se no fim, Sabor
Tempera o peito com estilhaços de aço
E já não sei o que faço
Com este amador amor
Ama a dor e galanteia o sofrimento
a atormenta aumenta por saber que amanhã é dor
manha de amador...
Dom de Amor

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

AMBIÇÃO

Ambição fútil, inútil és para meu futuro
Busco encontrar em um futuro furo que procuro
Um fundo furo à me afundar
O fundamento de tal querer, a me cercar
E mais más combinação de ambição me vem
Na utilização de nada provém
Prove e aprove mas não se apavore com mal súbito que lhe assoprar os ouvidos
Duvido que não lhe de ouvido
Coisas más, mais e mais subtraí-me
Não só Traindo-me...
Mas atraindo-me a distração
Quantas almas se perdem em ti?
E quantas pude resgatar?
E ainda diz: trata a ação
Por que o desejo de gastar com o que não me alimenta?
Por que me perco no que me orienta?
Falta-me pão.
Quem não abraça o amor automaticamente recebe o beijo do da inveja e do ódio
Faça, Seja, ouse e chegue primeiro sem subir ao pódio
E talvez assim com sorte
se salve do beijo da morte

ASS: Um eterno palhaço

"Vim pintando a cara
E maquiando o sorriso
Meus olhos fizeram das curvas dos seus lábios
A porta de meu paraíso"

VERSO: SEM COR

"Tão difícil ser branco
Qualquer contato me tinge,
Me atinge
E mesmo sem contato
O contrato do tempo
me faz amarelo"

TOC TOC

Toc toc...
Um dragão bate na porta
Uma boca me traga a cada minuto
A sorte lançada no tambor
Traços perfeitos em meio ao tremor
Braços laçados por receio a dor
Arrota a morte, meu próprio luto

Feito Roleta russa
Diz: para?
faz-me tributo.
O coração bate no peito
Dizendo que estou vivo
é apenas mais um dia de luto

Em um único disparo
Deparo com meu filme,
Me deito em meu leito
mal me deleito no meu sono
e surge um nó, feito gravata
Um grito, uma âncea
ansiando o vômito

São tantas vozes que não ouço meu próprio grito
São tantos gritos que situa meu quesito
E me perco no esquisito
Tentando estar no que cito
Na normalidade anormal
Na formalidade em formol
Pra ver se dura mais... Tal cara de pau
Essa mentira que nos conforta
Toc toc, atenda a porta
Não diga não
Pois é apenas mais um dragão

O MONTE DE VOZ

No monte uma voz
Levou meus avós a crer;
Em um fogo que só queima;
O coração daquele que o quer ver
No monte meu pais
Salvaram todo um país
Foram além do que o diz
No monte fui
E não dava pra crer no que fiz,
Fui feliz
No monte montei
Fiz um monte de coisas;
"coisas que eu sei"
Então.
Monte em si um esquema,
Mude o tema, seja a voz
Só não tema o tema;
Que sua voz esquematizar pra ti
Não temas!
Vista a armadura, monte fundo
Pois pra mudar mundo
Só é preciso saber quem és
Portanto sabei-vos
Que no monte há uma força,
Há uma voz...

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

NÓS NO LAÇO

Seja nós nesse laço
Seja vós em nós
Seja a voz em nós
Seja nós em laço
Pois o mais cego nó acorda.
Só é cego o nó
que não vê
que é uma única corda

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Verso "importancia"

"Finjo que não me Importa
Quando o vazio bate à porta
Começo a Importar seus versos
E seus versos começam a me importar "

Verso "tragar o ser"


"Quero que traga seu ser,
pr'eu tragar sua essência e me viciar mais e mais em vc"

Papo de girino

Digerindo o papo de girino
Nesta festa teatral
Gerei gíria, que gira em torno do papo
Dirigi a fonte da boca de Sapo
E a princípio, quem diria?
Que o sapo era príncipe
Principal astro do contexto teatral
O rei do papo de girino"

De gente à gente

A gente não é agente
Ha gente que gentil é
Ser gentil é ser inteligente
Inter-gente agente é
a gente não sabia
que o agente não sabia
assobiar
agente não sabia
Que o agente não sabia
"derter gente" faz bolinhas
Bolhas que na história desfazem-se no ar
bolhinhas que estouram
Já sabendo assoviar

ALGO SOBRE UM ALGUÉM QUALQUER

Rapaz, Cave com as pás sua própria Paz 
Irmão, enterre com as próprias mãos a semente de sua salvação
E de leve, que a vida te leve a morrer
Mate um velho
O velho "eu"
Criatura, que vele e revele seu encontro com criador 
Afinal onde se reconhece
Na foto de ontem ou no espelho de hoje?
Não sei como ainda se mantém
Sim. Ambos metem
Pois entre ser ou não ser, há o ter
E eis a questão 
Querer ou não querer?
Sem querer somos,
Enxerguemos o fato de ver..
Ver o que queremos ver
pior cego é aquele que?
Busque seu "eu" no negar
E comece a navegar na hipocrisia 
Sera isso um encontro com deus?
Rasgue seu próprio eu
Quer seja ele seu, quer seja meu
Rapaz, cave com pás sua própria paz
E encontre o tesouro em um x
... Ou y
Sejamos gametas, sejamos cometa
Sejamos Sauro, ou dinossauro?
No final, os espermas do planeta
tornaram-se Vírus mortal
Morramos pra nascer 
Cavando o túmulo em paz
Bora rapaz! peguem suas pás
E Cave o profundo 
Reconstrua o mundo

Sei la

Assim, sei lá;
O sol e o céu perderam a cor
Tudo o que posso é sentir a luz e o calor
Assim, sei lá,
Os olhos perderam a cor
Quando passei a olhar além deles. Pude ver, amor
E assim sem lar
minha alma esta;
...em solidão
Assim seu lar
Se tornou meu coração
Assim, selar...
Quando invadiu minha mente
Cavalgou inconsciente dizendo ter razão
sim selar...
Quando meus olhos se fecharam
Se tornou a nota perfeita, aceita em minha canção
Sim, sei la
Vou silenciar o coração
Pra ver. Deixar de ve-la em cada canção

Máscaras

no fundo...
o mundo é um grande palco
E como no fim de toda peça.  Ao levantar das cortinas
sempre se tem as mascaras retiradas
E seu verdadeiro "eu" é exposto e revelado
Cabe a sua obra ser boa a ponto de ser aplaudida de pé ou vaiada
a ponto de ser esquecisa

Nata ação

Perco o ar
Ao perdoar,
Ao pensar:
"Poder perder o poder"
Da linha de frente
Frente a perder a linha
Só me resta perdoar
Perco o ar
Puxou o gatilho
E lá se foi mais um
Morre mais um campeonato
Pra nascer mais um campeão nato
Nato em servidão
Servidão que a água traz
Feito Tal, é o homem da natação
Tal que me deixou pra trás

SEJA

Seja.
Seja o caso e o desacaso
Mas não seja o acaso
Capaz de romper
O que causou o meu casar 
em cada dois sejamos um;
Em casa ou na rua 
Sejamos estrelas, o une e o verso
Sejamos mais...
Capaz de lavar roupas sujas em sorriso fraterno 
Afrouxar a gravata, Passar a camisa, eterno
E por mais que o caso cause entre velhos amigos 
O acaso se revelará...
Nosso.
Sejamos o casal que não 'descasa"
Te amo. E este acaso casa contigo
Por isso digo:
E ai, Quer casar comigo?

GRITO À CALADA NA MADRUGADA

Eis que o grito no escuro
se torna cada vez mais insuportável
cada eco a ecoar faz meu coração querer parar
Todo tom de minha voz indo
É ouvido no vazio voltar
E minha nudez por vez querendo se esconder
Da flor, da arvore, do ser
Por um fruto, o fruto não vai florescer
A criança em mim, sim, quis crescer
Por favor
Ouça meu grito no escuro
Um ser em chamas
Busca chamar a atenção
Sou Só um sopro no pó da criação
Um nó na garganta de quem está a gritar
No fim. Um de nós há de falar
FALE!

danço de olhos fechados;
Não posso ter uma esperança
em um mundo sem você
Sinto o vento que me sopra, o que me sobra?
E assim como ar que me mantem de pé
Creio no ser invisível que traz vida
Meu ser sensível, se perde na lida
E dói
Dói o arrancar do mundo sobre meus ouvidos.
Venha ó Ser, venha ser
Faz-me ser
o ser que queres que seja.
Para que o Ser seja
mais que meu ser deseja
Criador não és criatura
Embora a criatura almeja ser criador
Cria à dor, implora amor
Grite!
Grito sim
Pois Por vez meus ouvidos já não suportam a surdez

Criador Cria a dor e a cria atura
Ora, as horas passam em minha muda prece, muda que cresce
Filho de um rei em ouro
Oro, choro e no silêncio de dias
Já é semana, tudo se faz
De homem à rapaz, e a paz ?
Passou manchando a terra
Umbrais de sangue
pinta o inaudito grito de guerra
Grito:
seja a voz em meu pensamento
Quando o silêncio me dominar
Seja a luz que conduz-me a amar
Ora, vem ensinar
Ensina-me a orar também
Ensina-me paz, após o amém
E assim amem, amem...
amém

ANEL

Ponha, disponha
Disponha do depor
E diz: ponha-se à dispor
Pois o propósito do por é propor
E o próprio propor é por...
Por amor

Frases de nós

É que para a Frase
não ha paráfrase
se paro a frase,
a frase fica pela metade
Assim que separo a frase
Minha metade, fica tão inteira
Assim como sua inteira metade
Não passa de meia
E são tantos nós em nó
Que nos deu nó em nós
Nos completa em um só
Um nó cego
Nó cego por natureza

Texto de amor

Amor...
Em texto declara amor
Sem pretexto causa dor
Se, em pré-texto proclama paixão
Já No contexto falta compaixão
Com o texto brinca de amar
Sendo crente de meu lacrimejar
Gotas que desfocam a tinta
Criando atrito entre a folha e a retina
Cria Contraste de lamúria em seu escrever
Constatando sua própria fúria em meu ser
Testa-me com beijo na testa
Tal qual, até mesmo Judas contesta
Como pode amar assim?
Quem ama simplesmente ama
Quem ama não machuca;
Quer o bem ao próximo
assim como quer a si.
exemplo maior de amor nos deu Cristo
E quem melhor que Deus para nos ensinar...
...amor

Abra-se

Sois fechada?
Abrace a causa, 
abra-se, cause!
Sua vida é pesada?
Soe e caçoe de leve
Leve vida e traga paz
Mas jamais Volte
Se não tiver ido atrás...
Traz a chave que abre a casa
O cadeado que te prende a causa
Seja o laço no presente
O laço entre nós
Me permita soltar...
O laço a lhe envolver
E me embaralhar a ti
Abra a caixa, encaixe-se ,
abraça-me ou se deixe abraçar

GIGANTES COMO'UNS

O gigante se deu por vencido
Pois elegante, é ser convencido
Fazendo-se diferente. Sendo igual;
sendo contente na corrente do ter
Berrando o inconveniente, achando ser convincente
Coerente na carência de ser
Esse povo é indiferente ao dizer ser diferente
Pois riem da indiferença,
Nas crenças se tornam em credos
Não fazendo diferença na sentença, retornam em medos
Enredo formal
Ao redor, sem sal
E riem de mim por ser anormal?
Anormal seria
se me desse por convencido
com o vencido humor imoral
Falso e Benfeito, perfeito
Feito o um sujeito normal

Cacos deu um mais um ou mais em um

Há coisas que unem indivíduos
Pra ser dívido
E devido ao dever de não dividir
Somam 1+1 e Multiplicam, amor
mesmo tudo dizendo ser subtração.
Subtraem o abdômen
Abdu-se  homem e mulher
E se faz um, para o que der e vier.
Atraem e se distraem.
O destino diz: traem!
E vem separar.
Porém mesmo longe estão perto
Mesmo muitos são um,
Grãos de areia que formam o deserto
Rachadura que se acha dura, quando ao Léu
Pedaços espalhados entre tantos cacos
Defeito perfeito,
Feito estrelas em um único céu.
Em esperança, espera, sua vez de voltar a terra
Encontrar e Reencontrar sua parte perfeita
E assim, sim, mais ou menos assim, ser perfeita
Ao poder escrever o próprio roteiro
e assim ser...
Sim, ser inteiro.

Atento No Atentar

Não tento te confundir com palavras e textos
Nem tão pouco iludir em trevas, sem contesto 
Não busco torna-la apaixonada por meus versos, nem tão pouco por mim
Não ache que és o centro do universo, nem começo, nem o meio, tampouco o fim
Mas nem por isso és menos, sem mais
Aliás, demais seria te-la aqui
No verso confuso de minha mente
Que no estado dormente se perde em π
Não tento te confundir
Não tento seu mundo invadir... 
Bom... Talvez tente
Mas... se talvez, porém, toda via, entanto , entretanto, por enquanto, no entanto quase estiver confusa
"Com fusão" em mim estarás

Quanto vale uma costela

Numa única noite a bela estrela nasceu
Num único sono, meu sonho se fez seu
Meu inteiro já não era
Minha era, assim não era
Pois nova era se fez

De um se fez dois
Pra dois serem um
A briga que nasceu depois
Obriga a divisão de um
Quanta falta faz uma costela?
Minha parte retirada também se fez dela

O que veio do pó
Foi dividido em dois
Pra tornarem um só
Ainda perdido no que sois?

Sois sol do meu dia
Nota de minha canção
Sou parte de seu ventre,
unidos por um cordão
és o osso, meu sorriso
o ócio em meu ofício
De maneira até difícil de dizer
És o sétimo dia
Minha alegria em viver
Parte do meu ser
Seu eu em mim
é o meu eu em você

Morte a tela

Sangra minha tela
sim, já nela não há:
Cor, ação e nem feixe
Por não à  te-la, assim...
janela, meu coração se fechou
Não há nada, de coração
Não há mais decoração
Não há um pulsar, silenciou-se o tambor no peito
Nada pra expulsar, nem força à transpor tal defeito...
Não há sorriso, nem dor
Não há música no ar,  já não há, amor

Ex cravo-da-índia no Brasil

O cravo viu a canela
Pulou do pé e quis "secar" nela
O cravo-da-índia não quis saber do tupi
Não quis mais ser flor, Dizendo:
Não nasci pra beijar beija-flor
Após tudo isso entupi'

O cravo desejou outro aroma
Quis ir a Roma por conhecer a romã
O cravo conheceu a rosa
quis ser cor-de-rosa
O cravo foi exposto ao sol, posto justamente pra secar
Desejou ser sol
e em sol aprendeu a cantar

O cravo foi jogado ao doce
Almejou ser doce
até que em doce se fundiu
O ex-cravo viu um cravo virar pé-de-cravo
e isso o confundiu
Pede o Cravo ser pé-de-cravo
mais viu em seu pé a corrente
Pois o cravo foi tanta mentira que deixou de ser semente
pra ser um ser que mente
E agora o ex-cravo chora
a própria calamidade
De ser escravo da falta de identidade

E sendo um doce
Desejou ser o que era
fosse o que fosse
Mais dançou...
Porém na última dança
Chorando, fez o sorriso de uma criança
Quem diria que nessa jornada
Viraria doce quem um dia já foi
semente de granada
Em sua última explosão disse assim:
Não escolhi a corrente
Ela se prendeu a mim

TATUAGEM QUE PRETENDO REMOVER

Pra meu desgosto
És tatuagem eterna no meu coração
arte-final do meu mal gosto
grotesco desenho sem noção
Maldita desenhista!
tatua a dor em mim
sou atualista, à tua dor
E atuo conforme a lista
Atuo o sorriso, atuador...
Movo-me feito vilão
Pois Todo Mocinho
é sem moção
Movo-me à remover, os traços de tal solidão
Tatoo de peito, efeito vôo de dragão
Vou sim, me perdendo
No defeito do traço mal feito.
Traços da emoção
São agulhadas na batida
do meu coração

TOP PADEIRO

Menina de roupa curta
Passava na minha padaria pra comprar o café da manhã,
ia da prateleira à geladeira.
Só pra esquentar meu clima de fã
Pra meu deleite encurvava-se 
Ao pegar o leite
Ela sempre de topinho
Imaginava como seria topar
Me fazia seu pedido, assim de topinho
E eu?
Eu: Tó pão
Ela pegava o pão e vestia um sorriso de lado, com malícia revestida
E eu deixava meu ser de lado;
Passava a ser manteiga derretida 
Debrussada sobre o balcão 
Perguntou-me sobre a fé
Encostei o rosto, assim, rente ao dela 
E vim com um louco refrão:
Enquanto houver café 
Há fé
Se o café acabar
Acabou "ca" fé
Ela deu um outro sorriso meio torto e pra meu desgosto me bejou o rosto :\
Ah.. Vai entender! 
Eu sou o padeiro 
E vc faz doce?
Ela me respondeu em meio a outro sorriso:
Desculpe fofo, acabei de comprar a doceria ao lado :'D
Fiquei vermelho, e rindo calado 
Me disse:
- Calma docinho, saiba que você é o meu sabor favorito, afinal és tu que faz os meus sonhos
AiAi... Que posso fazer?
Sou uma massa tão maleável...
E por isso até me irrito
Menina top, de topinho;
Tó pão 
E me deixe "ca"

MUDA DE DANÇA

Na muda dança
A mudança começou.
Uma muda que cresceu
E sem palavras crê ser seu
Uma semente em movimento
Um balé ao vento
Constante momento de paz
Que passa no passo dessa dança
Passeando no passado
Fruto da muda dança
Esperança...
Que me fez plantar o pé no chão
Me fez pequeno grão
Uma semente
Somente uma semente trazida a mim
Que abalou o tronco e estremeceu a raiz
E diz que fiz a minha própria dança
Na muda dança: dancei
Assim, conforme a mudança: dancei
No olhar fixo em cada pé que
plantei e reguei com lagrimas
meus olhos dançaram conforme o brotar dessa flor.
É eu sei das lástimas;
que plantou em mim...
amor

DEZENAS DE SABORES

Há dezenas sabores de amor
E em meio a tantos "dez gostos"
Liquidificarei seu humor
Pra modo d'eu poder engolir
Escreverei meia frase
Pra ver alguém à completar
Completarei o copo
Com um amor liquidificado
Te farei amiúde, humilde confete
A ponto d'eu poder confeitar;
E assim completar o álbum
com figurinhas batidas em um liquidificador mental
Que tal?
Engulirei seu meio sorriso
Num beijo inteiro
Consumirei o líquido
Deixando o copo;
a culpa do corpo de lado
Assim serei réu, no reflexo da extermina
Darei um fim a vitamina, a criatura
Com a mistura dessa menina em mim

UM MITO DE UM MUITO

Fui mito, fui muitos
Fui eu e também você, fui nós.
E agora são tantos "eu"
que eu já nem sei quem sou, perdi minha voz
Venha conferir...
O ferro que me fere me faz ferir
A fé que profere interfere em nós
Amarra a marra que me faz errar
Amarrando-me em forte nós
Amarre forte. Nós
(Sim, um fim em plural de nó, deu nós)
Fui muitos...
E em meio a tantos me encontro