quinta-feira, 30 de agosto de 2012

COÁGULOS DE CHUVA

Coágulos de chuva a dançar nas vidraças
Um cubo maculado, um sonho nunca alcançado
Gotas de lagrimas no vidro de minha alma
Um corpo, coração machucado pela voz que não consegue gritar
São coágulos de sangue no quintal
Cogumelos de insônia que crescem na cabeça de quem não pode pensar
Pingos de chuva que remete ao reflexo das lembranças...
Amigos, inimigos, amantes, parceiros e amor...
São gotas do passado
Passeando nas velhas lembranças...
Como em um filme preto em branco, vejo tudo passar...
Busco na parede fria um velho retrato, retratando as fagulhas de minhas lembranças
Será que foi?
Tal como gotas, se foi
E a nascer esta a cachoeira de um olhar
Uma esperança à dançar, no brotar de meus sonhos
Coágulos de chuva a dançar no vidro de meu quarto