Coágulos
de chuva a dançar nas vidraças
Um
cubo maculado, um sonho nunca alcançado
Gotas
de lagrimas no vidro de minha alma
Um
corpo, coração machucado pela voz que não consegue gritar
São
coágulos de sangue no quintal
Cogumelos
de insônia que crescem na cabeça de quem não pode pensar
Pingos
de chuva que remete ao reflexo das lembranças...
Amigos,
inimigos, amantes, parceiros e amor...
São
gotas do passado
Passeando
nas velhas lembranças...
Como
em um filme preto em branco, vejo tudo passar...
Busco
na parede fria um velho retrato, retratando as fagulhas de minhas lembranças
Será
que foi?
Tal
como gotas, se foi
E a
nascer esta a cachoeira de um olhar
Uma
esperança à dançar, no brotar de meus sonhos
Coágulos
de chuva a dançar no vidro de meu quarto