segunda-feira, 30 de abril de 2012

DIAS, DE QUEM SOU?

Incertos dias certos
Que a certeza nos deixa a incerteza de um novo dia
Andamos em corda bamba, dançamos samba em fio de metro
Sabemos o que há de vir, seguimos uma rotina cretina, porem, sorria!
O sorriso hipócrita que esta no sangue, que a gang de anti - corpos nos levam a ser
Porque andar um dia a mais?
Se os dias são todos iguais, tais como tais, de olhos vendados tentamos ver
E porque não andar?
Se temos um desejo voluntario de mudar, mais contrario ao estar, não mudamos por natureza
Cada passo faz do passo um novo passo e de passo em passo vamos passeando no compasso espaço de onde?
O mesmo gesto, o mesmo resto,
a mesma dança, rotina da esperança, igual ao ontem o hoje se torna por beleza
Beleza...
O que é belo? O que é perfeito?
O que é aceito? E o que é eterno?
Porque ser perfeito?
se é a imperfeição que nos torna humanos
É que somos intestino do destino que nos torna trapos, farrapos de pano
Independente do que vê ou crê, o importante é ser ...
Você!
Vê? Crê? Então...
quem é você?

PÁSSARO BLINDADO

Pássaro a revoar o céu
Caneta a devorar papel
Sonho de liberdade transcrita
Olhos em realidade maldita
Um brinde ao rígido que nega!
Um brinde a virgem cega!

Pássaro a revoar na orla
As penas, apenas penas cumprem pena na gaiola
Empinando empena a empenha de sua história
Joga-se no trilho e encena uma trajetória
Um brinde a quem tem regras!
Um brinde a quem não quer elas!

Pássaro que voa e revoa
Que não tem pena a toa
Ensina-nos a bater asas
Sem ter medo de tostar  os pés em brasas

Pássaro a revoar o véu
Que nunca é réu
Dai-nos aula, a sorte isolada
Dai-nos jaula, a morte enjaulada
Um brinde a quem tem hora!
Um brinde a quem diz: ora a hora é agora!

Pássaro a voar...
Menino a vagar, de vagar, vai indo...
Pra que asas? Se preferes andar
Menino a vagar, vagal local, devagar, sorrindo
Um brinde ao solitário pássaro calado!
Um brinde ao pássaro blindado