segunda-feira, 30 de abril de 2012

PÁSSARO BLINDADO

Pássaro a revoar o céu
Caneta a devorar papel
Sonho de liberdade transcrita
Olhos em realidade maldita
Um brinde ao rígido que nega!
Um brinde a virgem cega!

Pássaro a revoar na orla
As penas, apenas penas cumprem pena na gaiola
Empinando empena a empenha de sua história
Joga-se no trilho e encena uma trajetória
Um brinde a quem tem regras!
Um brinde a quem não quer elas!

Pássaro que voa e revoa
Que não tem pena a toa
Ensina-nos a bater asas
Sem ter medo de tostar  os pés em brasas

Pássaro a revoar o véu
Que nunca é réu
Dai-nos aula, a sorte isolada
Dai-nos jaula, a morte enjaulada
Um brinde a quem tem hora!
Um brinde a quem diz: ora a hora é agora!

Pássaro a voar...
Menino a vagar, de vagar, vai indo...
Pra que asas? Se preferes andar
Menino a vagar, vagal local, devagar, sorrindo
Um brinde ao solitário pássaro calado!
Um brinde ao pássaro blindado

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