quinta-feira, 31 de julho de 2014

O APONTADOR

O "aponta-a-dor" apontou o esfumo
Que fumou a trilha no papel
"Ex-fumo" da ponte, fonte da borracha
Fronteira da seringa com a coringa seringueira 
E a ponte de papel me apontou
Como sendo eu, criador do próprio apontar
Seu grafite alegremente se condenou
prendendo-se em meu olhar
Alegando ser ilegal ao seu próprio espirrar 
Espirrou tinta na parede da "moral-social"
Avermelhando negro olhar

A fonte descarregou
A bateria que nem sequer tocou
A ponta de lápis desapontou
Meu desenho que se "mal criou"
E permaneço sem idéias
Idealizando meu próprio criar
Desapontado a cada apontar
Assim criando, me criando
por simplesmente criar
até que se pinte em mim
a última ponta do lápis
E se apontar eu na luta
Resoluto a lutar com apontador
Que acoxou o cocho homem-palito no dente 
E sorridente tragou um cigarro de papel
Dizendo ser papel da odisseia 
E seria como coisa séria
em série tragou minhas idéias

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