somos morcegos sábios em sua preguiça
andarilhos da noite, feito "vagal, lumes" que a lua atiça
somos todos iguais, ideais em sua diferença, uma sentença mestiça
guerreiros da luta, mordedores da fruta "cobiça"
somos morcegos sábios em sua preguiça
amedrontados do sol, queimados pelo dia escondidos em areia movediça
somos todos incrédulos acreditando nisso repetimos o processo, reza e a missa
vergonha, escondemos na casca da pele, o frio da massa é que revele em sua própria tiriça
somos sábios tímidos sem vergonhas, impedidos pela preguiça
somo morcegos fugindo da cruz, colhemos a luz à pinça
evitamos multidões, escondemos o coração em temporários porões, longe da mundiça
guerreiros que lutam com esperança com uma lança de melissa
somos morcegos sábios em sua preguiça
guardadores do amor, da paz que traz a justiça
somos todos vampiros vegetarianos, arrancamos o sangue e suspiros da hortaliça
e no campo esquerdo com muita preguiça aguardamos nossa liça
pois somos "amor" cegos, corajosos em sua preguiça
e o medo nos lixa no lixo em que estamos, nos faz baliza
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